Ônibus com ar-condicionado nunca circularam em Belém/PA, diz TV

Uma reportagem da TV Liberal, afiliada da Rede Globo em Belém/PA, aponta que 51 ônibus com ar-condicionado comprados pelas empresas do transporte urbano da cidade nunca saíram das garagens. A promessa do governo era que 300 veículos fizessem parte da frota, mas o número parou por aí.

Uma equipe da TV percorreu as garagens das empresas. Muitos veículos estavam em locais sem cobertura, pegando sol e chuva.

Já se passou um ano do acordo entre a Prefeitura de Belém, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) e o Governo do Estado, que garantiria a circulação de novos veículos. Mas, nas ruas, nada mudou. Belém continua com apenas a frota de cerca de 1.115, com idade média de oito anos e meio, segundo dados da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob).

A primeira remessa dos novos ônibus chegou à capital ainda em junho deste ano. A previsão era de que eles começariam a circular no final de agosto. O investimento das empresas deveria totalizar R$ 250 milhões, já que desde o acordo estão recebendo incentivos fiscais pelo Município de Belém e o Estado do Pará.

O que a reportagem encontrou foi, nas empresas do transporte urbano,

  • TRANSCOL: 1 VEÍCULO;
  • MONTE CRISTO: 8 VEÍCULOS;
  • SANTA ROSA: 3 VEÍCULOS;
  • SÃO JOSÉ: 1 VEÍCULO;
  • ARSERNAL: 7 VEÍCULOS;

Já os outros 31, estão em empresas que fazem o transporte metropolitano:

  • ÁGUAS LINDAS: 11 VEÍCULOS;
  • AUTOVIÁRIA PARAENSE: 10 VEÍCULOS;
  • FORTE: 5 VEÍCULOS;
  • VIALOC: 5 VEÍCULOS;

Belém é uma cidade com altas temperaturas e calor intenso. Com o termômetro marcando 31ºC, o transporte público se torna um desconforto, motivo de reclamação entre passageiros.

A Procuradoria Geral do Município (PGM) de Belém entrou na Justiça para cobrar a circulação desses ônibus na capital.

Em nota, o Setransbel disse que “todos os 300 novos ônibus foram adquiridos pelas empresas associadas e que a documentação referente à compra foi devidamente apresentada”. Quanto ao início da operação dos veículos, que já estão em Belém, o sindicato pontuou que “o assunto está sendo tratado na Justiça”.

(Com g1 Pará)

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