O sistema de transporte público de Belo Horizonte/MG se destacou no estudo realizado pelo Instituto Cidades Responsivas, sendo apontado como o melhor entre oito capitais brasileiras. A cidade obteve um índice de 0,36, resultado que reflete a eficiência do transporte coletivo em conectar residências às oportunidades de trabalho em até 45 minutos. Esse desempenho superior a outras capitais, como o Rio de Janeiro, com índice de 0,13, evidencia a importância de investimentos contínuos e aprimoramento do sistema de transporte público.
O estudo leva em conta fatores como a disposição radial de Belo Horizonte, que facilita o acesso ao Centro da cidade, onde se concentram muitas oportunidades de emprego. Além disso, BH realiza mais de 24 mil viagens e percorre cerca de 500 mil quilômetros todos os dias por meio das linhas do sistema municipal de transporte coletivo. Esses números mostram a ampla cobertura e a alta demanda pelo serviço, que tem conseguido atender as necessidades de mobilidade urbana da população.
Outro ponto destacado foi o uso de automóveis particulares. Nesse aspecto, Belo Horizonte obteve o segundo melhor índice do estudo, com 0,71, ficando atrás apenas de São Paulo (1,03). Isso reflete uma menor dependência do uso de carros particulares em comparação com outras grandes capitais, como Rio de Janeiro (0,51) e Salvador (0,41).
O estudo também levantou questões sobre as dificuldades enfrentadas por outras cidades. No Rio de Janeiro, por exemplo, a geografia com morros e a grande extensão territorial dificultam a mobilidade. A cidade carioca obteve um dos piores índices de mobilidade urbana no transporte público e no uso de automóveis. Os moradores da Zona Oeste enfrentam longos trajetos, com a necessidade de utilizar múltiplos meios de transporte, o que impacta negativamente na qualidade de vida, especialmente após o recente reajuste nas tarifas de ônibus e trens.
Com o crescimento das cidades e o aumento da demanda por mobilidade, o estudo reforça a necessidade de planejamento contínuo e ações que garantam a manutenção e o aprimoramento dos sistemas de transporte público, para que possam acompanhar as mudanças urbanas e atender às necessidades da população.
Ranking Nacional de Mobilidade Urbana (transporte público):
- Belo Horizonte (0,36)
- Curitiba (0,26)
- São Paulo (0,23)
- Porto Alegre (0,23)
- Salvador (0,16)
- Florianópolis (0,19)
- Fortaleza (0,19)
- Rio de Janeiro (0,13)
Ranking Nacional de Mobilidade Urbana (automóveis):
- São Paulo (1,03)
- Belo Horizonte (0,71)
- Curitiba (0,69)
- Florianópolis (0,68)
- Porto Alegre (0,53)
- Rio de Janeiro (0,51)
- Fortaleza (0,5)
- Salvador (0,41)
