O governo do Estado do Rio de Janeiro e a prefeitura da capital avançaram no processo de unificação dos sistemas de bilhetagem. As secretarias estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e municipal de Transportes (SMTR) assinaram um acordo de cooperação técnica que garante a manutenção do Bilhete Único Intermunicipal (BUI) mesmo com a entrada do Jaé como novo meio de pagamento no transporte municipal.
A medida assegura que os usuários que utilizam dois modais — sendo um deles intermunicipal — continuem pagando o valor reduzido de R$ 8,55, concedido por meio da Tarifa Social do Estado. O acordo também formaliza a integração entre os sistemas municipais e estaduais, com previsão de compartilhamento de dados e mecanismos técnicos para garantir a continuidade da política de mobilidade com modicidade tarifária.
O que muda com o Jaé
- A partir de 2 de agosto, apenas o cartão Jaé será aceito nos modais municipais do Rio de Janeiro, como ônibus urbanos, BRT, VLT e vans legalizadas.
- O metrô também passará a aceitar o Jaé, permitindo a continuidade de integrações tarifárias com outros modais, como BRT e ônibus.
- O Bilhete Único Intermunicipal (BUI) continua ativo por meio do cartão Riocard, mas será integrado ao sistema do Jaé durante a transição.
Tarifas integradas com o Jaé
- Integração entre metrô e BRT: R$ 9,70
- Integração entre metrô e ônibus municipais: R$ 7,90
- Integração com vans da Rocinha e Vidigal: R$ 8,80
Para ter direito a esses valores, o passageiro deverá utilizar exclusivamente o cartão Jaé.
Próximos passos
A Secretaria estadual de Transporte vai lançar uma nova licitação para a criação de um sistema estadual de bilhetagem eletrônica, que integrará ônibus intermunicipais, trens, metrô e barcas. O modelo está em análise na Justiça, mas a previsão é que também seja compatível com o Jaé, promovendo uma rede totalmente integrada no futuro.
Impacto para os usuários
A integração entre os sistemas municipal e estadual é considerada fundamental para garantir fluidez nas viagens e economia para quem utiliza o transporte coletivo na Região Metropolitana. A expectativa é de que a mudança reduza obstáculos técnicos e tarifários entre modais e amplie a transparência no uso de recursos públicos destinados à mobilidade.
O novo sistema também reforça a digitalização e a modernização da bilhetagem, com promessas de mais agilidade e controle tanto para os usuários quanto para o poder público.