A Prefeitura do Rio iniciou um novo plano operacional que reduz em 20% o total de viagens de ônibus. A medida foi comunicada às empresas por meio do corte de parte do subsídio público que custeia o sistema. A decisão pode afetar o tempo de espera nos pontos e aumentar a lotação dos veículos, especialmente nos horários de pico.
O que aconteceu?
- Novo plano da prefeitura reduz 20% das viagens de ônibus na cidade
- Linhas afetadas foram informadas às empresas pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR)
- Mudança inclui corte proporcional do subsídio público
- Objetivo oficial é eliminar a operação ociosa e equilibrar oferta e demanda
Linhas mais impactadas
Algumas linhas terão reduções significativas na operação diária. Entre os casos mais críticos estão:
- Linha 315 (Central x Recreio): menos 73 viagens
- Linha 629 (Irajá x Saens Peña): menos 73 viagens
- Linha 774 (Madureira x Jardim América): menos 64 viagens
- Linha 712 (Cascadura x Irajá): menos 62 viagens
- Linha 862 (Rio das Pedras x Barra da Tijuca): menos 54 viagens
De acordo com a planilha enviada pela SMTR às empresas, praticamente todas as linhas urbanas sofrerão alguma redução, em maior ou menor escala.
Impacto para os passageiros
Rodoviários ouvidos pela imprensa alertam que a medida vai provocar:
- Aumento no tempo de espera nos pontos de ônibus
- Veículos mais cheios, especialmente nos horários de maior movimento
- Maior impacto a partir do fim das férias escolares, com o retorno pleno da demanda
Risco de demissões e queda de receita
Especialistas avaliam que o corte representa um impacto expressivo para as empresas operadoras. A redução de 20% nas viagens equivale a uma queda de 18,5% na quilometragem total percorrida. Isso deve gerar uma diminuição de até 18% na receita do setor, segundo análise de engenheiros de mobilidade urbana.
A estimativa é de que, com menos veículos rodando, haja risco de demissões entre os cerca de 18 mil rodoviários em atividade hoje na cidade. O alerta ocorre num momento em que diversas empresas estão investindo em renovação de frota, com aquisição de novos ônibus.
Críticas à forma como a decisão foi tomada
O novo plano foi publicado sem consulta ao Conselho Municipal de Transportes. Técnicos e especialistas destacam que, apesar da alegação de maior eficiência, o sistema de ônibus não conta com linhas substitutas em muitas regiões, o que pode deixar bairros com atendimento insuficiente.
O que diz a Prefeitura
Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Transportes afirmou que o novo plano foi baseado em dados de GPS e registros de embarque. A pasta identificou excesso de oferta em determinados horários e trechos, e decidiu promover cortes principalmente nos períodos de entrepico.
Segundo a SMTR, a medida tem o objetivo de melhorar a eficiência e reduzir os custos operacionais com subsídio público, que passou a ser adotado em 2022. O plano operacional continuará sendo monitorado e ajustado quinzenalmente, conforme a demanda de passageiros.




