Fortaleza/CE: Estudo Nacional de Mobilidade sugere R$ 21,6 bilhões em projetos de transporte até 2054

O Ministério das Cidades e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgaram um estudo inédito que apresenta 11 projetos para ampliar a mobilidade urbana em Fortaleza/CE até o ano de 2054. O investimento total estimado para as propostas é de R$ 21,6 bilhões.

Os projetos abrangem uma extensão de 138 km e se concentram na expansão de sistemas de média e alta capacidade:

  • Três projetos de Metrô.
  • Um projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
  • Sete projetos de BRT (Bus Rapid Transit).

Detalhamento dos Projetos

O estudo prevê requalificação e expansão das linhas existentes, além da criação de novos eixos:

ModalProjeto (Extensão)Estimativa de Embarques (Dia Útil)Investimento Estimado
MetrôRequalificação da Linha Sul (24,1 km)159.535R$ 4,3 bilhões
MetrôRequalificação da Linha Oeste (19,5 km)122.999R$ 6,8 bilhões
MetrôExtensão da Linha Leste Papicu–CEC (5,1 km)33.707R$ 3,9 bilhões
VLTExtensão Parangaba–Terminal Conjunto Ceará (8,9 km)43.066R$ 1,2 bilhão
BRTBR-116/Av. Aguanambi (Extensão e requalificação – 11,2 km)124.240R$ 1 bilhão
BRTBezerra de Menezes–Mr. Hull (Extensão e requalificação – 9,5 km)223.084R$ 1 bilhão
BRTWashington Soares (Implantação – 14,2 km)120.621R$ 889 milhões
BRTCoité–Parangaba (Implantação – 11,2 km)143.743R$ 630 milhões
BRTMessejana–Siqueira (Implantação – 11,4 km)89.204R$ 511 milhões

Impacto e Estratégia Nacional

A implementação das propostas em Fortaleza resultaria na redução estimada de cerca 300 mortes em acidentes de trânsito até 2054 e evitaria a emissão de 163,8 mil toneladas de CO₂ por ano. Além disso, o custo operacional por viagem teria uma redução de 4%.

O estudo faz parte do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), que definiu 187 projetos com investimentos totais da ordem de R$ 430 bilhões nas 21 maiores regiões metropolitanas do país. O objetivo do Governo Federal é construir uma estratégia nacional de mobilidade urbana de longo prazo, mais eficaz, menos poluidora e mais segura.

O Ministério das Cidades destacou que a iniciativa busca adaptar o Brasil às mudanças climáticas, unindo sustentabilidade, mobilidade e inclusão social. Prevê-se que investidores privados, via concessões e parcerias, sejam uma ferramenta relevante na ampliação das redes de transporte.