A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) do Rio de Janeiro deu início à implementação de um projeto piloto de biometria facial no sistema ferroviário. A medida, em parceria com a SuperVia e a Mais.Mobi, tem como objetivo expandir a tecnologia antifraude para todos os modos de transporte sob gestão estadual.
A estação Central do Brasil, no acesso aos trens, foi a primeira a receber dois equipamentos. O sistema está sendo instalado gradualmente também no metrô e nas barcas para combater o uso irregular do Bilhete Único Intermunicipal (BUI) e das gratuidades.
Combate à Fraude
Em 2025, o uso da biometria facial já identificou 2,5 milhões de tentativas de fraude. Isso resultou no bloqueio ou cancelamento de mais de 113 mil cartões por uso irregular da gratuidade e do BUI, que permite a integração tarifária entre diferentes meios de transporte por R$ 8,55.
A iniciativa visa aprimorar o controle dos benefícios concedidos pelo Governo do Estado e prepara o sistema para a futura implementação da nova bilhetagem eletrônica.
Expansão da Tecnologia
A biometria facial já possui um histórico de implantação em outros modais do Rio de Janeiro:
- Ônibus Intermunicipais: A tecnologia começou a ser implantada em 2018.
- Vans Intermunicipais: O sistema já está ativo em 100% da frota.
- Barcas: O projeto está em operação há pouco mais de um mês na estação Praça XV e segue em expansão para o sistema aquaviário.
- Metrô: A estação Central do Brasil foi a primeira a receber 25 equipamentos no final de outubro. Atualmente, 36 equipamentos já estão em operação, incluindo as estações Uruguaiana e Carioca.
Um representante da Setram destacou que a presença da biometria em todos os modais reforça o compromisso com a transparência e a manutenção dos benefícios BUI e da gratuidade para os cidadãos que cumprem os pré-requisitos, otimizando os gastos públicos.
O BUI e as gratuidades são benefícios pessoais e intransferíveis. O uso irregular pode levar à suspensão do benefício e, no caso de vale-transporte fornecido por empresas, pode resultar em demissão por justa causa e responsabilização criminal por fraude.



