Baixada Santista pode receber mais de R$ 2,7 bilhões em obras de VLT e BRT até 2040

A Baixada Santista/SP poderá mais que dobrar a cobertura de transporte público coletivo de média e alta capacidades (TPC-MAC) nas próximas duas décadas. O último boletim do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), elaborado pelo BNDES e pelo Ministério das Cidades, prevê até R$ 2,737 bilhões em investimentos na região, com foco em Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e BRT.

O que aconteceu?

  • Estudo nacional projeta expansão da rede TPC-MAC na Baixada Santista até 2054
  • Região pode receber R$ 2,737 bilhões em investimentos, com entregas até 2040
  • Quase 94% do valor previsto é destinado a sistemas de VLT e BRT
  • Proporção da população próxima a estações pode subir de 16,8% para 40,5%
  • Trecho 1 do VLT, entre São Vicente e Santos, já está em operação
  • Estudo foi desenvolvido com apoio da Agem, Condesb e dados do PRMSL-BS
  • Guarujá estuda os projetos por meio de comissão intersetorial

O que está previsto

O estudo, conduzido pela empresa Oficina Consultores, avalia que a Baixada Santista tem potencial para ampliar significativamente sua infraestrutura de transporte coletivo. A chamada rede futura é baseada em uma estrutura multimodal, com uso integrado de VLT e BRT em eixos radiais (leste-oeste) e BRS (corredores de ônibus) em direção norte-sul.

O planejamento indica que, caso as 21 propostas avaliadas para a região sejam implementadas, o impacto na mobilidade será expressivo:

  • Investimento total estimado: R$ 2,737 bilhões
  • Aplicação em VLT e BRT: R$ 2,570 bilhões (cerca de 94%)
  • Conclusão da maioria das obras prevista até 2030; total até 2040
  • Cobertura populacional próxima a estações saltaria de 16,8% para 40,5%

Linhas previstas

O documento menciona a consolidação de uma rede estruturada por corredores de VLT e BRT com integração metropolitana. Entre os trechos apontados, está:

  • Trecho 1 (já em operação): Terminal Barreiros (São Vicente) ao Terminal Porto (Santos)
  • Trecho 2: Em estudo, como parte da ampliação da rede futura

As linhas devem se conectar a estações de integração com as redes municipais e ao sistema metropolitano de transporte coletivo, otimizando os deslocamentos entre os nove municípios da região.

Como foi feito o estudo

A Baixada Santista está entre as 21 regiões metropolitanas brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes incluídas no ENMU. O estudo reúne informações estratégicas a partir de consultas e discussões com a Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) e dados do Plano Regional de Mobilidade Sustentável e Logística da Baixada Santista (PRMSL-BS).

Segundo o BNDES, esta etapa tem caráter diagnóstico, e os resultados poderão embasar projetos futuros a serem desenvolvidos pelas prefeituras e governos estaduais, com possibilidade de apoio técnico e financeiro do banco.

Guarujá acompanha os desdobramentos

A Prefeitura de Guarujá/SP informou que tomou conhecimento do estudo por meio das secretarias de Mobilidade Urbana e Planejamento Estratégico. A gestão municipal organiza agora uma comissão para analisar os projetos sugeridos e avaliar sua viabilidade para implementação futura.

(Com informações de ATribuna)