A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a desativação de um trecho ferroviário de 16,3 quilômetros no perímetro urbano de Campina Grande, permitindo o avanço do projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na cidade.

O pedido foi feito pela Prefeitura Municipal, que buscava transformar o antigo segmento da ferrovia Transnordestina Logística (FTL) em uma infraestrutura voltada à mobilidade urbana. O trecho, parte da antiga malha ferroviária da cidade, estava inativo e sem planos de reativação para transporte de cargas e passageiros.

A decisão da ANTT foi respaldada por parecer técnico da Superintendência de Transporte Ferroviário da agência, além do apoio do DNIT, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da própria concessionária FTL. Após processo técnico-jurídico que incluiu inspeções, avaliações patrimoniais e articulação institucional, foi concluído que a devolução do trecho à União não comprometeria o contrato de concessão vigente.

O trecho será transferido ao DNIT, que ficará responsável por ceder o espaço à Prefeitura de Campina Grande para a construção do VLT — considerada essencial para a modernização do transporte público, promoção da mobilidade sustentável e melhoria da qualidade de vida na cidade.

A medida contou ainda com a formalização de um Termo de Compromisso entre ANTT, Ministério dos Transportes e Prefeitura, definindo os esforços conjuntos para garantir os aspectos técnicos e legais da implantação do VLT.

O VLT de Campina Grande tem previsão de operar ao longo de aproximadamente 15 quilômetros, com início de operação estimado para agosto de 2026, conectando bairros como Araxá, Aluízio Campos, Bodocongó e cercanias da Universidade Federal Wikipédia.