Curitiba aposta no Ligeirão Leste-Oeste com ônibus elétricos e promessa de reduzir até 23 minutos no deslocamento

O Ligeirão Leste-Oeste deve mudar a forma como milhares de pessoas se deslocam em Curitiba (PR) e na Região Metropolitana. O corredor terá ônibus elétricos biarticulados, apenas 11 pontos de parada e a meta de transportar cerca de 130 mil passageiros por dia, ligando o Terminal de Pinhais ao CIC Norte.

O projeto é financiado pelo New Development Bank (NDB), com US$ 75 milhões e contrapartida da prefeitura, e prevê a requalificação de 22,5 quilômetros de canaletas exclusivas, modernização de cinco terminais, revitalização de 34 estações-tubo, criação de vias compartilhadas, ciclovias e calçadas acessíveis.

Redução no tempo de viagem

Um dos principais ganhos para os passageiros será o tempo. A estimativa é de que os deslocamentos entre Pinhais e CIC Norte sejam encurtados em até 23 minutos. O trajeto terá conexões diretas a outros modais, incentivando a migração para o transporte coletivo, reduzindo congestionamentos e emissões de carbono.

Intervenções urbanas

O Ligeirão não se limita ao transporte. Entre as obras já entregues está o binário Nivaldo Braga/Olga Balster, que aumentou a fluidez do tráfego e trouxe mais segurança para pedestres e ciclistas. O novo Terminal Capão da Imbuia e a reforma do Terminal Campina do Siqueira contarão com autossuficiência energética, bicicletários e áreas de comércio e serviços. Uma mudança marcante será a transformação de dois quarteirões da Rua Nagib da Silva em calçadão, estimulando o comércio local e a convivência comunitária.

Eletromobilidade no centro do projeto

Além da infraestrutura viária, Curitiba aprovou financiamento de € 100 milhões com o banco alemão KfW para adquirir 84 ônibus elétricos biarticulados. A operação será apoiada por eletropostos públicos e sistemas fotovoltaicos instalados em equipamentos urbanos. Os veículos poderão ser recarregados nas garagens das operadoras e também em pontos estratégicos do trajeto.

Obras em andamento e prazos

As intervenções foram divididas em lotes para reduzir os impactos no trânsito. Atualmente estão em execução os lotes 4.1 e 4.2, no bairro Cajuru, com previsão de conclusão até janeiro de 2026. O lote 2.3, em fase de contratação, terá prazo de 15 meses de execução. Já a construção do Terminal Capão da Imbuia deve durar 20 meses. O lote 5, que envolveu o binário Olga Balster/Nivaldo Braga, já foi concluído.