Curitiba vai investir R$ 1 bilhão na compra de 138 ônibus elétricos para o transporte coletivo

A cidade de Curitiba/PR vai realizar duas operações de crédito que somam R$ 1 bilhão para a aquisição de 138 ônibus elétricos. Os novos veículos serão destinados às linhas expressas da capital, mas não representarão aumento na capacidade de transporte por veículo em relação aos atuais modelos a diesel.

O que aconteceu?

  • Prefeitura de Curitiba anunciou a intenção de adquirir 138 ônibus elétricos
  • Investimento será viabilizado por meio de dois financiamentos que totalizam R$ 1 bilhão
  • Os veículos terão capacidade de até 250 passageiros, mesma dos biarticulados atuais
  • Os novos ônibus também mantêm a mesma capacidade de carga: 47 mil quilos
  • Os financiamentos serão pagos em até 15 anos

Detalhes das operações de crédito

  • Financiamento nacional:
    • Valor: R$ 380 milhões
    • Instituição: BNDES (Programa Novo PAC)
    • Objetivo: Compra de 54 ônibus elétricos articulados para a linha Inter 2
    • Inclusão de dois eletropostos públicos em terminais da cidade
  • Financiamento internacional:
    • Valor: €$ 100 milhões (R$ 628,9 milhões)
    • Instituição: Banco Alemão KfW
    • Objetivo: Compra de 84 ônibus elétricos, principalmente biarticulados
    • Linhas atendidas: Ligeirão Leste/Oeste e Interbairros II
    • Implantação de eletropostos e 27 sistemas fotovoltaicos em equipamentos públicos

O que muda?

  • A aquisição não aumenta a capacidade de transporte por veículo, o que pode exigir mais ônibus em circulação para atender à demanda futura
  • Ônibus elétricos custam quase o dobro dos a diesel, mas emitem menos poluentes e têm vida útil estimada de até 15 anos
  • A decisão sobre os financiamentos será votada nos próximos dias pela Câmara Municipal de Curitiba

Comparativo com outros modais

  • Um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pode transportar até 1.000 passageiros por composição, quatro vezes mais que um ônibus biarticulado
  • A escolha pelo modelo elétrico sobre trilhos foi baseada em critérios ambientais e estruturais, mas levanta discussões sobre custo-benefício e capacidade operacional