A média mensal de passageiros no transporte coletivo de Jundiaí/SP caiu mais de 90 mil usuários na comparação entre os primeiros semestres de 2024 e 2025. Segundo a prefeitura, o avanço dos aplicativos de transporte e as mudanças de hábito após a pandemia influenciaram diretamente a redução da demanda. Mesmo com subsídios milionários, o sistema enfrenta dificuldades para se manter equilibrado.
O que aconteceu?
- Queda na média mensal de passageiros:
De 2,155 milhões (1º semestre de 2024) para 2,063 milhões (1º semestre de 2025) - Motivos apontados pela prefeitura:
- Crescimento dos apps de transporte individual
- Mudanças nos deslocamentos após a pandemia
- Crise nacional no setor de transporte público
- Impacto no sistema:
- Custo real por passageiro: R$ 8,15
- Tarifa cobrada: R$ 5,60 (comum) e R$ 6,15 (vale-transporte)
- Diferença é coberta com subsídios municipais
- Subsídio previsto x necessário em 2025:
- Previsto: R$ 58 milhões
- Necessário: R$ 91 milhões
Nova concessão em fase de consulta pública
A prefeitura aposta em uma nova concessão para melhorar a qualidade do transporte coletivo. A consulta pública está em andamento e uma audiência está marcada para 6 de agosto. O edital deve ser publicado ainda neste semestre.
O que está previsto na nova concessão?
- Renovação da frota com ônibus modernos e sustentáveis
- Inclusão de veículos articulados e de piso baixo
- Ampliação de linhas e reforço em trajetos com alta demanda
- Tecnologia embarcada:
- GPS com monitoramento em tempo real
- Câmeras de segurança
- Monitores a bordo
- Novo aplicativo com mais funcionalidades
Aumento de tarifa gera críticas
- Novo valor desde 6 de julho:
- R$ 5,60 (passe comum)
- R$ 6,15 (vale-transporte)
- Índice de reajuste: 11,17% (INPC de jan/2023 a mai/2025)
- Reação dos usuários: queixas nas redes sociais e nos terminais, principalmente por atrasos nas linhas e limpeza dos veículos
A gestão municipal reforça que o subsídio é essencial para manter o serviço funcionando, mas admite que a sustentabilidade financeira exige mudanças profundas — e a nova licitação deve ser o ponto de partida para essa transformação.