A 1ª Vara de Falências de São Paulo manteve suspenso o leilão dos ativos da massa falida da Itapemirim, que inclui marcas, estruturas operacionais e 125 linhas interestaduais concedidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A decisão, do juiz Marcelo Stabel de Carvalho Hannoun, ocorre após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmar a continuidade do contrato de arrendamento das linhas pela empresa Suzantur.
A Suzantur explora as rotas há quase três anos mediante um pagamento mensal de R$ 200 mil à massa falida. O valor tem sido questionado, uma vez que há registro nos autos de propostas superiores. A Viação Águia Branca, por exemplo, manifestou interesse em assumir as linhas mediante um repasse de R$ 3 milhões mensais.
A suspensão foi mantida porque o juízo considerou que a modelagem do certame e a avaliação dos ativos ainda dependem de análise judicial. Não foram abordados aspectos relacionados ao formato do leilão, aos critérios de competitividade ou à avaliação econômica dos bens a serem oferecidos. A arrecadação da massa falida é destinada aos credores, cujos valores estimados ultrapassam os R$ 2,7 bilhões.



