O mercado de bicicletas elétricas (e-bikes) no Brasil demonstrou forte crescimento em 2024, registrando um aumento de 7,2% nas vendas e superando a marca de 53 mil unidades comercializadas, segundo dados de fabricantes do setor.
O crescimento é impulsionado por um contexto urbano onde a ineficiência do trânsito impacta diretamente o trabalhador: 1,3 milhão de brasileiros gastam duas horas ou mais por dia no deslocamento.
Apesar de o automóvel ainda ser o meio de transporte dominante (32,3% das viagens), especialistas veem um alto potencial de crescimento para as e-bikes. Mais da metade da população (56,8%) leva até 30 minutos para chegar ao trabalho, um tempo considerado ideal para a bicicleta elétrica, que exige menos esforço físico e cobre distâncias maiores.
Velocidade e economia como atrativos
As e-bikes surgem como uma solução eficiente para trajetos curtos e médios, combatendo a alta nos preços dos combustíveis e a demanda por opções mais sustentáveis.
Um levantamento interno da Oggi Bikes mostrou que o trajeto diário até o trabalho pode ser até 45% mais rápido quando realizado com o auxílio do motor elétrico. Em cidades com relevo acentuado ou longas distâncias, o motor elétrico transforma a bicicleta em um meio de transporte viável para o dia a dia.
David Peterle, CEO da Oggi Bikes, reforça a necessidade de mudar o foco da mobilidade: “Boa parte dos deslocamentos diários poderia ser feita de bicicleta elétrica, com menos custo, menos poluição e mais qualidade de vida. É a transição perfeita entre o transporte motorizado e o ativo.”
Em metrópoles como São Paulo, onde mais de 30% da população gasta entre uma e duas horas no deslocamento, a adoção das e-bikes pode otimizar o tempo nos percursos de até 10 km, que constituem a maioria das viagens urbanas no país.




