O Ministério Público de Contas do Espírito Santo (MPC-ES) emitiu parecer favorável à intervenção cautelar na concessão do transporte público municipal de Guarapari/ES, apontando descumprimentos graves do Contrato 106/2016 pela empresa C. Lorenzutti Participações Ltda. A dívida de mais de R$ 13 milhões em tributos municipais é uma das irregularidades que sustentam o pedido.
O que aconteceu?
- Contrato sob investigação: Concessão firmada em 2016 com a empresa C. Lorenzutti
- Processo 7315/2023 aponta irregularidades contratuais e falhas de fiscalização do município
- Parecer do MPC-ES sugere intervenção ou, alternativamente, a extinção do contrato
- Sessão do TCE-ES para julgar o caso foi marcada para 15 de maio
Irregularidades apontadas
- Frota reduzida: Apenas 38 ônibus em operação, contra os 99 exigidos em contrato
- Garagem em local inadequado: Imóvel não atende às exigências do edital de licitação
- Dívida com o município: Concessionária acumula R$ 13,3 milhões em ISS não recolhido
O que diz o MPC-ES?
- Contra revisão contratual: Considera que alterações para ajustar à realidade atual “premiam a ineficiência”
- Propõe intervenção cautelar: Para evitar agravamento do serviço e proteger o interesse público
- Critica desequilíbrio proposital: Empresa teria feito proposta inviável para vencer a licitação
- Defende sanções: Multa de R$ 100 mil à concessionária e envolvidos, e responsabilização do município
Próximos passos
- Se acolhida a proposta, a prefeitura deverá:
- Decretar a intervenção cautelar em até 10 dias
- Instaurar processo administrativo para apurar falhas e responsabilidades, em até 30 dias
- Concluir o procedimento em até 180 dias
- Caso a intervenção não seja aceita, o MPC-ES pede:
- Extinção do contrato
- Nova licitação no prazo de 60 dias com cronograma detalhado de ações
A decisão agora está nas mãos do Tribunal de Contas do Estado, que avaliará o caso em sessão virtual. O julgamento pode impactar diretamente o modelo de transporte público operado no município capixaba.