A empresa de transporte por aplicativo 99 confirmou um novo ciclo de investimentos no Brasil, com aporte de R$ 1 bilhão voltado à expansão da sua plataforma de serviços. A informação foi divulgada durante reunião com o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, em Brasília.
O que aconteceu?
- A 99, controlada pela chinesa Didi Chuxing, vai investir R$ 1 bilhão no país.
- O valor será usado para expandir a atuação da plataforma, incluindo a retomada da 99Food, serviço de entrega de refeições.
- O investimento contempla ainda transporte individual, entregas de encomendas e o app financeiro 99Pay.
- A 99Food deve entrar em operação ainda em 2025, para consumidores, restaurantes e entregadores.
- A empresa afirma ter registrado crescimento de 125% em 2024 e conta com 1,5 milhão de parceiros em mais de 3,3 mil cidades no mundo.
Expansão da plataforma
O movimento da 99 acompanha a tendência de plataformas multimodais, integrando mobilidade urbana, serviços de entrega e soluções financeiras. A 99Food, que já atuou no país em ciclos anteriores, deve retornar com novo posicionamento e integrar-se aos outros produtos da marca.
O relançamento ocorre em meio ao crescimento de concorrentes como iFood e Uber Eats (com atuação limitada a entregas em alguns mercados), indicando uma tentativa de reposicionamento no segmento.
Disputa judicial sobre mototáxi
A plataforma também enfrenta impasses legais em São Paulo/SP sobre o serviço de mototáxi por aplicativo, suspenso por decreto municipal.
- A prefeitura alega riscos à segurança dos usuários e editou o decreto nº 62.144/2023 proibindo a operação.
- A Amobitec, que representa as plataformas, contesta o argumento e afirma que não há comprovação de que apps elevem os acidentes.
- A 8ª Vara da Fazenda Pública chegou a anular o decreto, mas uma liminar do TJSP mantém a suspensão do serviço desde janeiro.
O que esperar
Com o novo investimento, a 99 busca fortalecer sua presença no Brasil e ampliar sua base de serviços, mirando tanto o setor de mobilidade urbana quanto o de delivery. No entanto, a viabilidade da operação em algumas cidades pode depender de definições regulatórias e judiciais, principalmente no caso dos serviços de mototáxi.