A Prefeitura de São Paulo deu um novo passo para ampliar a autonomia na recarga de ônibus elétricos. Sete projetos do sistema BESS (Battery Energy Storage System) já estão prontos e devem ser instalados em garagens da capital nos próximos meses, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte.

O que aconteceu?

• Sete projetos do sistema BESS estão finalizados e prontos para implantação.
• Tecnologia vai multiplicar por até seis vezes a capacidade de recarga das garagens.
• Modelo é usado com sucesso na China e foi trazido após visita técnica à Huawei.
• Estrutura poderá carregar até 440 ônibus elétricos, sem depender da Enel.

Como funciona o sistema BESS?

O BESS é um conjunto de baterias de grande porte, combinadas a carregadores ultrarrápidos, instalados diretamente nas garagens das empresas operadoras. Cada módulo de 4,5 MWh tem capacidade para recarregar ao menos 29 ônibus. Com os sete projetos previstos, será possível abastecer até 44 carregadores extras, atendendo aproximadamente 440 veículos da frota.

A solução permite superar os limites atuais da rede elétrica convencional, reduzindo a dependência da infraestrutura fornecida pela concessionária Enel. O objetivo é acelerar o processo de transição da matriz energética da frota de ônibus, garantindo autonomia para cumprir as metas de eletrificação previstas pelo Programa de Metas da Prefeitura.

Instalação deve começar nos próximos meses

A implementação dos primeiros sistemas está prevista para os próximos dois meses, após uma viagem oficial à China para finalizar os detalhes tecnológicos da operação. O modelo, já consolidado em centros urbanos asiáticos, foi considerado viável para São Paulo após análise técnica da Huawei, uma das signatárias do protocolo de intenções, ao lado da Matrix Energia.

Impacto para o transporte público

A adoção dos sistemas BESS permitirá que as garagens tenham infraestrutura própria de carregamento, ampliando a confiabilidade da operação elétrica e evitando gargalos no atendimento da demanda. O uso da tecnologia também viabiliza o crescimento da frota elétrica sem comprometer a estabilidade da rede de energia urbana.

O projeto não terá custos para a gestão municipal, segundo a Prefeitura, o que fortalece a viabilidade financeira da proposta. A expectativa é que o avanço com os sistemas de armazenamento acelere a implantação dos novos ônibus de energia limpa na cidade, contribuindo para a redução das emissões de poluentes e o cumprimento das metas de sustentabilidade.