Reprodução

Vereadores de Curitiba aprovam sugestão de aumento de treinamentos para motoristas do transporte público

Dois acidentes envolvendo ônibus na capital do Paraná, com grande repercussão na imprensa local, acenderam um alerta na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Nesta quarta-feira (13), os vereadores aprovaram uma sugestão ao Executivo para que os motoristas do transporte coletivo tenham aumentada sua carga de treinamento e que essas aulas sejam revisadas pelos órgãos de controle, com foco na prevenção de acidentes. A sugestão foi apresentada pela vereadora Indiara Barbosa (Novo) e teve o apoio de membros da Comissão Especial do Transporte.

O caso mais recente foi a colisão de um biarticulado com um ônibus metropolitano, no sábado, dia 9, que deixou 40 pessoas feridas, das quais uma teve o pé amputado. Na semana anterior, um biarticulado se chocou contra a plataforma de embarque no Terminal do Boa Vista, com dois feridos. Indiara Barbosa apresentou dados obtidos da Urbs, que administra o transporte coletivo na cidade. “De 2014 a 2021, foram mais de 3,8 mil acidentes de trânsito com ônibus em Curitiba, com 1.517 feridos e 14 mortes. Nos últimos dois anos, quase 350 por ano, aproximadamente um acidente por dia. De quem é a responsabilidade no caso dos acidentes?”, perguntou a parlamentar.

Vereadores divergem sobre acidentes com ônibus em Curitiba
“São 700 mil passageiros transportados diariamente, para, às vezes, [acontecer] um acidente. Dentro desta lógica [de grandeza], com 700 mil passageiros por dia, o número de acidentes é quase insignificante”, rebateu Rodrigo Reis (União). Indiara Barbosa retrucou dizendo que “[um acidente por dia] não é insignificante, porque a Prefeitura disse aqui na Câmara que tem o objetivo da morte zero no trânsito.” “Se a gente enche a cidade de radares para os carros, o que está sendo feito para conscientizar os motoristas de ônibus, vamos ter que por radares nas canaletas? Uma vida importa, não pode dizer que é insignificante, não”, defendeu a autora da sugestão ao Executivo.

“Quando a gente pensa no número frio e compara tantas viagens com os acidentes ocorridos, o número frio pode parecer uma estatística desprezível, mas quando se pensa nas pessoas impactadas pelo acidente, participar dessa estatística é algo muito triste. O número frio da estatística não mostra a realidade, logo a meta de acidentes de trânsito tem que ser zero”, disse, por último, Professor Euler (MDB). A sugestão está disponível no Sistema de Proposições Legislativas (SPL), com o código 205.00352.2023. No SPL, também é possível ver a resposta da Urbs ao pedido de informações sobre acidentes de trânsito envolvendo ônibus em Curitiba (062.00452.2022).

As informações são da Câmara de Curitiba.
Leia também: Distrito Federal recebe primeiros 59 de 195 ônibus novos previstos para este ano