Volvo inicia produção do primeiro ônibus biarticulado 100% elétrico do mundo em Curitiba/PR

A Volvo deu início à produção do BZRT, seu inédito ônibus biarticulado elétrico, na fábrica de Curitiba/PR. Com 28 metros de comprimento e capacidade para até 250 passageiros, o modelo se posiciona como uma alternativa de alta capacidade ao metrô, com menor custo de implantação e operação. Este é o primeiro biarticulado elétrico da marca em escala global e será destinado tanto ao mercado brasileiro quanto à exportação.

O que é o BZRT?

O BZRT é parte de um investimento de R$ 1,5 bilhão da Volvo no Brasil, previsto para o período de 2023 a 2025. Ele conta com:

  • Dois motores elétricos de 200 kW cada (total de 540 cv)
  • Transmissão automatizada de duas marchas, baseada na tecnologia I-Shift
  • Capacidade para até oito baterias, com energia total de 720 kWh
  • Tempo de recarga entre 2 e 4 horas, dependendo da estação de carregamento

As baterias e motores ficam na parte inferior do veículo, melhorando a distribuição de peso e liberando mais espaço interno aos passageiros. O chassi, os eixos e os sistemas de suspensão e direção utilizam componentes já consagrados na linha Volvo, garantindo durabilidade e confiabilidade.

Segurança como prioridade

A Volvo incorporou no BZRT seu conceito “Visão Zero Acidentes”, com uma série de tecnologias de segurança:

  • Sensores e câmeras 360° para monitoramento de pontos cegos
  • Alerta de pedestres, ciclistas e veículos próximos
  • Reconhecimento de placas de trânsito
  • Volvo Dynamic Steering (VDS) para mais estabilidade e menor esforço do motorista
  • Zonas de Segurança por GPS, com redução automática de velocidade em áreas como escolas e hospitais

Segundo a fabricante, cidades que adotaram essas zonas relataram queda significativa nos acidentes.

Aposta brasileira para o futuro da mobilidade

O lançamento e produção do BZRT no Brasil consolidam a fábrica de Curitiba como polo global de inovação para veículos de grande porte. Com esse modelo, a Volvo busca contribuir diretamente para a descarbonização dos sistemas de transporte coletivo urbano, alinhada à meta da empresa de zerar as emissões de CO₂ até 2040.